quinta-feira, janeiro 24, 2013

"Ser Músico é o melhor Emprego do MUNDO! Paul McCreesh - Novo Maestro da Orquestra Gulbenkian

Entrevista a Paul McCreesh, novo maestro da Orquestra Gulbenkian e sucessor de Lawrence Foster.
FRASES da ENTREVISTA: -“ Temos SOPROS Fantásticos e CORDAS Muito Boas”
- Pretendo que a Orquestra ganhe um sentido de estilo muito desenvolvido”
- Um dos grandes problemas em muitos países da Europa é que muitos jovens não têm uma boa educação cultural. Há excepções, mas no Reino Unido e creio que também em Portugal a nova geração não é exposta às formas mais nobres da cultura. Não é que toda a gente tenha de gostar de Beethoven ou Francis Bacon, mas a maior parte das pessoas nunca tem a oportunidade de explorar determinadas formas de arte. Como tal, nunca saberá se gosta ou não.
- Os jovens têm um acesso muito limitado à música clássica tanto como intérpretes como ouvintes. Por outro lado, muitas orquestras tornaram-se um bocado preguiçosas e arrogantes - não estou a falar da Orquestra Gulbenkian mas em geral. Esperam que as pessoas estejam no auditório à hora certa, que obedeçam a certos padrões, que aplaudam nos mesmos sítios. O que não é muito bom para comunicar uma paixão. Entre as coisas que aprecio na Orquestra Gulbenkian estão a paixão e a motivação. Estou cansado de ir a concertos em que olhamos para os músicos no palco e eles parecem aborrecidos. É difícil ser músico, tocamos muitas vezes a mesma obra pelo que é difícil sentir sempre uma grande emoção. Mas por outro lado temos o melhor emprego do mundo, podemos dançar com os deuses da cultura todos os dias da nossa vida!
- Penso muito acerca da melhor forma de comunicar com o público. Não se trata de fazer coisas tontas ou engraçadas o tempo todo. A música clássica precisa de tempo e reflexão. Temos de estar conscientes de que não há um público, mas vários.
- Não quero parecer arrogante por dizer isto, mas gostava de ter um grande impacto na educação musical deste país, trabalhar com as pessoas daqui, poder desenvolver uma academia em torno da orquestra e um coro juvenil. Envolver as pessoas no processo da interpretação é fundamental.

Pode ler a entrevista no LINK: http://www.gulbenkian.pt/section49langId1.html

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